7,47% da população brasileira adquirem livros não didáticos

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Os dados
estão na pesquisa “O Livro no Orçamento Familiar”, encomendada por oito entidades
ligadas ao mercado editorial: Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL);
Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR); Associação Estadual de
Livrarias do Rio de Janeiro (AEL); Associação Nacional de Livrarias (ANL);
Câmara Brasileira do Livro (CBL); Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL); Sindicato
Nacional dos Editores de Livros (SNEL); e Instituto Pró-Livro (IPL).

O estudo foi
realizado com base na Pesquisa de
Orçamentos Familiares (POF 2002-2003), do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), divulgada no final de 2007, e permitiu traçar o perfil do
mercado consumidor, por nível de renda, escolaridade, local de compra e outras
variáveis importantes. Os dados foram coletados ao longo de 12 meses (julho de 2002 a junho de 2003) e têm
uma amostragem de aproximadamente 50 mil domicílios, distribuídos em áreas
urbanas e rurais de todos os estados do País.

A pesquisa “O Livro no
Orçamento Familiar”
comparou a soma dos gastos das famílias brasileiras
com material de leitura a outras despesas não essenciais. O valor relativo à
aquisição de aparelhos, manutenção e compra ou aluguel de conteúdo (fitas,
discos, CDs, softwares, jogos etc) de televisão, som, vídeo, DVD, informática e
jogos eletrônicos, dentre outros itens (Grupo 1), foi de R$ 19,303 bilhões,
praticamente equivalente à soma dos outros três grupos analisados no estudo.

Os gastos
com telefonia celular (Grupo 2: compra e manutenção de aparelhos, assinatura e
cartões) aparecem em segundo lugar, atingindo R$ 8,816 bilhões; os dispêndios
com opções de lazer fora de casa (Grupo 3) chegaram a R$ 6,154 bilhões; os
gastos com o conjunto de itens de material de leitura foram de R$ 5,471
bilhões, somando-se o total de despesas com revistas, jornais, livros didáticos
e não-didáticos, fotocópias, livros religiosos, técnicos, dicionários,
apostilas e bibliotecas.

O
gasto médio anual com revistas, por família, chega a R$ 42,00. Com jornais,
esse dado é de R$ 17,00, enquanto as despesas com livros não-didáticos é quase
quatro vezes menor – apenas R$ 11,00 por ano.

O
principal item de leitura consumido pelas famílias brasileiras, em todas as
faixas de renda e para todos os níveis de escolaridade, é o grupo composto
pelas revistas e jornais, que representam, respectivamente, 37,1% e 15,2% do
total dos valores despendidos. Ou seja, mais da metade (52,3%) de todo o gasto
com leitura destina-se a revistas e jornais. A despesa com livros didáticos
representa 19,6% do total – praticamente 1/5 do gasto com leitura vai para
livros escolares, de todos os níveis.

Livro
x Fotocópia

A
compra de livros também sofre a concorrência das fotocópias, cujo gasto total
quase se iguala ao das obras não-didáticas. Da totalidade das despesas das
famílias com material de leitura, 10,1% são com compras de livros
não-didáticos, enquanto as fotocópias representam 9,7%. As relativas às
fotocópias, que superam de longe as referentes aos livros técnicos, são consistentemente
maiores (independentemente do critério adotado, seja por renda familiar, seja
por escolaridade da pessoa de referência) nos domicílios com estudantes,
indicando que, muito possivelmente, pelo menos parte dessas fotocópias
substitui material impresso. Grande parte das fotocópias é realizada em
estabelecimentos de ensino.

Para onde vamos?

Desde a
realização da 4ª POF, em 2002-2003,
a importância do consumo de material de leitura no
orçamento das famílias certamente sofreu alterações, devido principalmente à
mudança na proporção de domicílios com indivíduos com posse de telefone
celular, que tem crescido de modo constante e significativo, mais do que
duplicando entre 2001/2007, indo de 31,2% no primeiro instante para 67,9%. No
momento, o IBGE realiza a coleta de dados da 5a POF (Julho
2008-Junho 2009), cuja análise poderá confirmar ou não esta hipótese.

Da mesma
maneira, o índice de domicílios dispondo de microcomputador passou de 16,6%, em
2001, para 27,4%, em 2007, o que também favoreceria uma eventual substituição
da leitura dos “livros físicos” pela consulta de arquivos digitais. Tal
possibilidade ainda deve ser confirmada, quando for concluída a próxima POF.

Para Beltrão, a melhoria na distribuição de renda e
nos níveis de escolaridade da população, verificada nos anos recentes, não
garante que haja aumento no consumo de livros, uma vez que a folga nos
orçamentos familiares pode ser canalizada para a compra de outros bens e
serviços, de desfrute mais fácil e maior apelo comercial. “Apenas o acompanhamento
da modificação dos padrões de consumo das famílias brasileiras ao longo do
tempo, através da análise de futuras pesquisas de Orçamento Familiar,
confirmará ou não a justeza dessas hipóteses”,
conclui Beltrão.

Sobra a base para a pesquisa

Os dados
procedem de entrevistas coletadas pelo IBGE com quase 50 mil famílias
brasileiras, em cerca de quatro mil setores censitários, representativos
de todas as unidades da Federação, de modo a retratar os distintos estratos de
renda, escolaridade, assim como setores urbanos e rurais. A quarta
Pesquisa Nacional de Orçamentos Familiares foi realizada entre julho 2002
e junho 2003, e esta foi a primeira vez em que o IBGE
disponibilizou o acesso aos microdados.

Atualmente,
está sendo realizada a quinta POF nacional, cuja divulgação ainda não tem data
prevista pelo IBGE.

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