A imensa maioria dos fumantes associa automaticamente o
cigarro à comida. É o que revela levantamento da Secretaria de Estado da
Saúde realizada com cerca de 500 dependentes de tabaco atendidos em 2007 no
Cratod (Centro de Referência em Álcool Tabaco e Outras Drogas), serviço da
pasta na capital paulista.
Para 95% dos entrevistados o cigarro está diretamente associado ao fim de cada
refeição. O café foi ligado ao fumo por 71% do total, e a ansiedade, por 73%.
Segundo 68%, o cigarro está vinculado à tristeza, e à alegria para 55%. Falar
ao telefone foi apontado por 42% dos pacientes ouvidos. E 34% vincularam o ato
de fumar ao maior consumo de bebidas alcoólicas.
“Associar o cigarro a sentimentos, hábitos do dia-a-dia ou problemas é muito
perigoso, pois só tende a estimular o fumo. Para quem deseja largar o vício o
primeiro passo é tentar substituir o tabaco nessas ocasiões ou evitar
substâncias que incentivem o desejo de acender um cigarro”, afirma Luizemir
Lago, diretora do Cratod.
A orientação para quem quer largar o vício é, por exemplo, beber chá ou suco em
vez de café, escovar os dentes e chupar uma bala após as refeições, ter caneta
ou lápis à mão quando falar ao telefone e evitar o consumo de bebidas
alcoólicas. Também é importante não portar maços ou carteiras de cigarros e
retirar os cinzeiros e isqueiros da casa ou escritório.
Para combater a “fissura” (forte vontade de fumar) é recomendável que a pessoa
beba muita água, respire fundo com os olhos fechados para relaxar, masque
chicletes, cristais de gengibre, cravo, canela ou legumes crus, coma frutas e
barras de cereal. Também é importante praticar exercícios físicos, como, por
exemplo, caminhar por 30 minutos ao dia.
