Asma é responsável por seis falecimentos por dia no país

propaganda do Google Artigo Top

A asma ainda cresce no Brasil e é um problema de saúde pública que poderia ser evitado com a adesão aos tratamentos pelos pacientes, inclusive do Sistema Único de Saúde (SUS). Na primeira semana de maio, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia reforça o alerta para toda a população sobre essa doença que depende de maior adesão e controle e pode ser muito bem tratada, porém ainda é responsável por seis mortes diárias no Brasil.

Outros dados relacionados à asma apontam que só em 2011 a doença foi responsável por 174.500 mil hospitalizações, de acordo com o Ministério da Saúde e entre 2005 e 2009 a asma matou 11.576 pessoas.

“Hoje não podemos aceitar que a asma continue matando tantas pessoas porque temos tratamentos na rede pública e há medicamentos que oferecem uma ótima qualidade de vida desde que seja feita a adesão para controle das crises. Devemos conscientizar todo mundo sobre isso, já que podemos mudar esse quadro”, diz a pneumologista Márcia Menezes Pizzichini, coordenadora da Comissão de Asma Brônquica da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Com as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, revisadas recententemente, o controle da asma é o foco de atenção em todos os pacientes. O objetivo maior é mudar o quadro da asma no País, já que os custos diretos e indiretos são muito altos e podem ser evitados com a devida abordagem médica e com muitos tratamentos disponíveis.

“Até mesmo pacientes com asma leve podem ter uma crise aguda que pode ser fatal. Vale lembrar que asma não tem cura, mas a doença é totalmente tratável e quem segue rigorosamente as orientações com o uso de remédios adequados pode levar uma vida normal”, diz Jairo Araujo, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Asma

É uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que faz com que fiquem inchadas e com secreção. Em geral, inicia-se na infância, após os dois anos de idade, mas pode acontecer em qualquer idade e fatores ambientais e genéticos são relacionados à doença.

A asma é uma doença que se caracteriza por sintomas recorrentes de falta de ar, chiado, tosse e aperto no peito. Os sintomas aparecem como consequência de inflamação nos brônquios, que ocorre em pessoas predispostas e expostas a fatores ambientais diversos.

A asma pode ser leve, moderada ou grave e a obstrução ocorre principalmente na expiração (quando há eliminação do ar dos pulmões) e dificulta muito sua respiração. Uma característica da asma é que essa obstrução é reversível com tratamentos específicos com broncodilatadores, por exemplo. Essa inflamação leva a um desarranjo de vias aéreas causando uma obstrução permanente ao fluxo aéreo.

Para a asma se manifestar, existem alguns ‘gatilhos’ que geram as crises, tais como mudança de temperatura, infecções, tabagismo, animais, antiinflamatórios entre outros. A pessoa com asma pode viver tempos sem crise desde que tenha o devido acompanhamento. Em geral, os sintomas melhoram com medicamentos broncodilatadores. Contudo, devemos lembrar que os broncodilatadores somente tratam dos sintomas e não da principal causa que leva à obstrução das vias aéreas. É o mesmo que tomar um antitérmico para baixar a febre e deixar de lado o antibiótico para tratar pneumonia.

O principal tratamento da asma é o corticóide inalado associado ou não a um broncodilatador. Os corticóides inalados são seguros (tanto em crianças como em adultos, raramente causam efeitos colaterais nas doses recomendadas, e além de tratar a inflamação da asma, previnem crises, atendimento de emergência e internações.

Finalmente, é importante ressaltar que a asma é um problema de saúde pública que ocorre em todos os países, independentemente do nível de desenvolvimento. Porém, a maioria das mortes por asma ocorre em países em desenvolvimento. Para controlar a asma e reduzir o risco de complicações, é essencial assegurar tratamento adequado e regular para todos os pacientes. A asma pode ser controlada por meio de cuidados preventivos e medicamentos recomendados de acordo com características individuais de cada pessoa. O controle da doença permite que as pessoas tenham uma boa qualidade de vida, podendo desenvolver atividades físicas e profissionais sem limitações.

Propaganda do Google Artigo Baixo