Assassino do Bosque é preso e confessa que matou por vingança

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Na manhã do último dia 17, depois de 41 dias de investigação, a Polícia Civil
de Vinhedo prendeu o comerciante César Gomes da Motta, vulgo ‘Japão’, que no
dia 7 de março assassinou com um tiro nas costas e um corte de canivete no
pescoço Alessandro Pereira Pires, 27, no Bosque da Capela. De acordo com o
delegado titular, Álvaro Santucci Noventa Junior, o homem detido confessou o
crime em depoimento, que teria sido motivado por vingança. Para o delegado, o
caso está resolvido.

A prisão
de Japão ocorreu em sua residência no Altos do Morumbi às 9h. Os policiais se
dividiram em duas equipes. Enquanto alguns investigadores foram até o comércio
de César, no Bairro do Aquário, outros foram até sua casa, onde o encontraram.
Ele não ofereceu resistência à prisão e sequer foi algemado.

Para a
operação, a Polícia contou com um mandado de prisão temporária, valido por 10
dias, expedido na terça-feira pela Primeira Vara da Comarca de Vinhedo. A arma
do crime não foi encontrada e, de acordo com o delegado, César declarou que a
vendeu para uma pessoa desconhecida. A moto utilizada no dia do assassinato é
de propriedade de César e estava em sua casa.

Logo após
a prisão, o delegado interrogou o rapaz para entender as motivações que o
levaram a cometer o assassinato. César declarou ter descoberto que Alessandro
tinha um caso com sua amásia, com quem morava há 13 anos e tem dois filhos.
César e sua mulher foram vizinhos da vítima alguns anos atrás no Bosque da
Capela, mas o casal acabou se mudando para o Residencial Altos do Morumbi.

César
disse que quando eram vizinhos, sua mulher conversava bastante com Alessandro,
mas, por terem saído do bairro, pensou que não havia mais contato. Mas de
acordo com o delegado, César declarou que recentemente descobriu que estava
sendo traído e começou a ‘levantar’ a vida de Alessandro, pois estava
emocionalmente abalado.

Na
madrugada do dia 7 de março, César armou uma emboscada no Bosque da Capela. Ele
aguardou Alessandro chegar do trabalho na madrugada. Pouco depois das 2h,
Alessandro desceu do ônibus que o trouxe da CCL Label carregando uma cesta
básica de alimentos. Neste momento, de acordo com informações da Polícia,
César, que foi até o local com sua moto, pegou seu revólver, que mantinha em
casa, mas não utilizava há muito tempo, e deu um tiro nas costas do rapaz.

Ainda de
acordo com o delegado Álvaro Santucci, César tentou dar um segundo tiro, mas a
arma falhou. Nesse momento, para garantir que Alessandro não sobreviveria, o
agressor tirou um canivete do bolso e cortou a garganta do rapaz, que morreu no
local. Depois de cometer o crime, Japão continuou levando a vida normalmente até
ser preso nesta quinta-feira, quando declarou que se arrependeu do seu ato.

Segundo o
delegado, em depoimento, a mulher de César admitiu que tinha um caso
extraconjugal, mas disse que não sabia que o seu marido era o responsável pelo
assassinato. Também de acordo com a Polícia, César não podia mais ter filhos,
só que recentemente sua esposa ficou grávida, o que o fez desconfiar da
traição. A criança, uma menina, nasceu no dia 20 de março.

Durante as
investigações, muitas pessoas depuseram protegidas pelo Programa de Proteção às
Testemunhas. De acordo com o delegado, depois da divulgação do crime na
imprensa, surgiram várias informações. “O papel da Polícia foi feito. Gostaria
de enaltecer o trabalho dos investigadores. Foi um trabalho de equipe”.

Inquérito Policial
Em
entrevista coletiva na última quinta-feira, o delegado Álvaro Santucci informou
que agora vai concluir o Inquérito Policial e enviar para a Justiça, que
determinará o futuro de César. De acordo com o delegado, se condenado por
homicídio doloso, aquele com a intenção de matar, Alessandro poderá pegar de 6 a 20 anos de prisão. O
acusado tem endereço fixo, emprego e não tem antecedentes criminais.

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