Aumento da expectativa de vida deixa idosos sujeitos a quedas e fraturas

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Com o aumento da expectativa de vida dos idosos e a consequente ampliação no leque de suas atividades, incluindo a prática de esportes, também cresce o número de registros de quedas e fraturas entre esta população. Dentre os tipos de fraturas ocasionadas por quedas, as proximais do fêmur (articulação do quadril) são as mais frequentes e também as mais graves. É mais comum em pacientes idosos e mulheres acima dos 60 anos.

De acordo com o ortopedista Rogério Naim Sawaia, do Hospital Samaritano de São Paulo, a taxa de mortalidade para este tipo de fratura é elevado, variando entre 14% e 30% no primeiro ano de pós-operatório. “É um índice maior que infarto de miocárdio e alguns tipos de câncer. É um tipo de fratura que requer muito cuidado”, disse.

A grande novidade para o tratamento deste tipo de fratura, utilizada no Hospital Samaritano de São Paulo, é o sistema Minus. Trata-se de uma técnica minimamente invasiva para tratamento com um corte de apenas três centímetros. A técnica convencional para tratamento é a utilização de um pino deslizante extra-medular com via de acesso de dez centímetros.

“O sistema Minus utiliza o mesmo pino deslizante, que sofreu modificações para tornar a técnica menos agressiva, mas é implantado com um corte bem menor. Essa inovação resulta em menos sangramento e menos dor, mantendo a mesma qualidade cirúrgica. Com menos dor, o paciente também toma doses menores de medicamento”, explicou Sawaia.

O ortopedista destaca que esta técnica já é usada em cinco países e reduziu a taxa de mortalidade para menos de 10% dos pacientes acometidos pela fratura. Para o médico, a cirurgia minimamente invasiva é um caminho sem volta, porém, sem perder qualidade na redução e estabilização da fratura.

Prevenção

Apesar dos avanços no tratamento, a prevenção das fraturas ainda é o melhor caminho, afirmou Rogério Naim. Segundo dados do Ministério da Saúde, somente em 2005, foram 1.304 óbitos por fraturas de fêmur. E em 2009 esse número subiu para 1.478.

A queda em pessoas idosas está associada às dificuldades visual e auditiva, uso inadequado de medicamentos, dificuldade de equilíbrio, perda progressiva de força nos membros inferiores, osteoporose, dentre outras situações clínicas que culminam para maior probabilidade de uma pessoa idosa cair.

Para evitar as quedas, que na maior parte das vezes acontece dentro da própria residência, uma dica é seguir o conceito de Casa segura.

Casa Segura

É um conceito criado para evitar acidentes dentro de casa. De acordo com o SUS – Sistema Único de Saúde, 75% das lesões que acometem idosos acima de 65 anos acontecem em casa, principalmente no trajeto quarto-banheiro.

Em 1999, a arquiteta Cybele Barros desenvolveu o conceito Casa Segura a convite da Sociedade Brasileira de Ortopedia. O projeto visa adaptar a casa com medidas simples que buscam proporcionar ao idoso mais segurança e, por consequência, independência.

As dicas foram desenvolvidas para dar mais acesso aos velhinhos. Por exemplo, tomadas mais acessíveis, que brilham no escuro, luzes mais fortes, para melhor iluminar o ambiente e melhorar a visibilidade. Além disso, mesas arredondadas, para evitar batidas; tapetes presos, para não escorregar; pisos antiderrapantes nos banheiros; maçanetas e torneiras retas (as esféricas escorregam). E por último, é recomendado o mínimo de escadas possível, e instalar piso antiderrapante nas beiradas e corrimãos nas laterais.

Mais informações no site www.reformafacil.com.br.

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