Choro de fome, choro de medo e choro
de desespero. Foi assim durante toda a madrugada do último sábado para domingo
em uma casa no bairro Morada da Lua. Incomodados e preocupados com a criança,
vizinhos telefonaram para a Polícia Militar de Vinhedo com uma duvida: Será que
a criança está sozinha? Ao olhar pela fresta de uma janela, os soldados avistaram
um pequeno corpo jogado no chão. Era de um bebê, um menino, de apenas 1 ano e
um mês de idade. A mãe? Só apareceu em casa depois de 20 horas, ou seja, na
noite do outro dia.
Durante o início da manhã do último
domingo, dia 11, a
PM telefonou para o Conselho Tutelar de Vinhedo e comunicou o abandono de uma
criança. Minutos depois os conselheiros Maria José e Gisele, compareceram à
residência, pegaram o bebê e o levaram para a Delegacia Civil. A criança foi
encaminhada à Casa Abrigo, órgão responsável até a chegada da mãe.
Horas se passaram e nada da
responsável, vizinhos faziam campana em suas janelas para verificar a chegada
da mãe. A Guarda Municipal foi deslocada à propriedade, e em uma busca interna
chegaram a encontrar uma aranha grande, sobre o fogão, próximo de onde o menino
foi deixado. Por volta das 19 horas, a mãe reaparece e é levada à Delegacia
para prestar esclarecimentos.
De acordo com o depoimento, a mulher
saiu para comprar cigarros e encontrou com um homem. Ele teria a induzido ir para
Campinas rapidamente, mas antes passaram rapidamente no Jardim Três Irmãos. O
rápido demorou horas. A mãe afirmou que o rapaz não a deixava sair de casa, a
mantinha presa lá. Somente após as 18 horas ele a autorizou a sair.
A criança está amparada na Casa Abrigo
e a guarda provisória até que se resolva o caso com o Conselho Tutelar de
Vinhedo. O bebê passa bem. O fato gerou comoção a vizinhança e às pessoas que
participaram do ocorrido. Caso semelhante aconteceu em São Paulo e a mãe perdeu
a guarda da criança.
