Dados nacionais da Equifax, empresa fornecedora de soluções
para gestão de negócios, indicam que no mês de maio foi registrado um volume de
2.403.713 cheques devolvidos. O mês de maio apresentou um aumento de 0,87% em
relação a abril de 2008. Porém, o indicador foi 23,05% inferior quando
comparado maio de 2007.
Segundo Alcides Leite, coordenador do Centro de Conhecimento Equifax, o pequeno
aumento do volume de cheques sem fundos em maio deve-se a efeitos sazonais,
como ocorre em todos os meses de maio, desde 2004. “Isto ocorre porque que
no mês de abril os dados de inadimplência são gerados, em sua maioria, por
cheques emitidos no mês de fevereiro, mês de baixa emissão de cheques”,
explica o especialista.
Neste ano, no entanto, o aumento verificado em maio foi bem menor do que os
registrados em anos anteriores, tanto em termos relativos quanto absolutos. A
diminuição no índice foi possível graças à situação mais confortável do
rendimento familiar.
No gráfico podemos visualizar o histórico do volume de cheques sem fundos dos
últimos anos. A linha de tendência do gráfico indica que, após um aumento da
inadimplência em 2005, os indicadores apresentaram sensível melhora ao longo de
2006, 2007 e 2008.
Quanto ao volume de títulos protestados, dados da Equifax mostram que em maio
houve uma queda de 10,05% em relação a abril e um aumento de 1,59% em relação a
maio de 2007. Em maio foram registrados 768.429 protestos contra 854.277
registrados em abril e 756.403 em maio do ano passado. A queda do volume de
títulos protestados representa uma correção em relação aos meses anteriores,
cuja inadimplência nesta modalidade de crédito registrou crescimento muito
elevado. A tendência é de que o volume de títulos protestados ao longo de 2008
volte aos patamares registrados nos anos anteriores.
O gráfico seguinte mostra o comportamento do volume de títulos protestados
desde janeiro de 2005 até hoje. Verifica-se no gráfico que após um crescimento
substancial ocorrido nos três primeiros meses do ano, a inadimplência nesta
modalidade de crédito voltou a patamares registrados em anos anteriores.
