Cigarro provoca maioria dos casos de câncer de pulmão

propaganda do Google Artigo Top

Nesta quinta-feira, 29, é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. O cigarro está associado a 90% dos casos de câncer de pulmão nos homens e 80% nas mulheres, além de causar malefícios a todos os órgãos do corpo. As informações são da patologista da Sociedade Brasileira de Patologia, Thais Mauad.

Comparado a não fumantes, o hábito de fumar está associado ao aumento do risco de diversas doenças. “A propensão de adquirir uma doença coronariana é de duas a quatro vezes maior, derrame idem, câncer de pulmão em homens 23 vezes mais, em mulheres, 13 vezes. Morte por doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema e bronquite) 13 vezes também”, avaliou Thais.

O cigarro pode acelerar o processo de aterosclerose, doenças coronarianas, doenças vasculares periféricas, com riscos de gangrena nos dedos dos pés, causando aneurismas. “O fumo causa a dilatação e enfraquecimento da principal artéria do corpo, a aorta, e fragiliza o organismo para uma série de doenças”, explicou a especialista.

Doenças pulmonares, como câncer de pulmão, enfisema (destruição dos sacos alveolares) e bronquite crônica (inflamação e fibrose dos brônquios), também são algumas das consequências do fumo.

O tabagismo é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo e fator causador de leucemia mieloide aguda, e cânceres como de bexiga, de colo uterino, da laringe e da faringe, da cavidade oral, do rim, do esôfago, do pulmão, do estômago, do pâncreas. “Quem fuma tem maior chance de ter demência, desenvolver catarata, dentes amarelados, pele manchada, aceleração do envelhecimento da pele, com perda da elasticidade”, alertou a patologista.

Pulmão

O pulmão do fumante acumula muitos pigmentos enegrecidos, resultante da queima do cigarro. Este carvão e as substâncias tóxicas nele agregados causam inflamação do pulmão. Esta inflamação em longo prazo causa destruição dos sacos alveolares e estreitamento e destruição das pequenas vias aéreas. “O paciente desenvolve um quadro que se chama doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), com muita tosse, aumento de secreção, maior chance de infecção respiratória e falta de ar, muitas vezes necessitando de oxigênio suplementar. Não existe cura para esta doença”, apontou ela.

Impactos variam de acordo com idade e gênero

1. Bebês aparentemente sadios, filhos de mulheres fumantes, têm as vias aéreas mais estreitas que filhos de não fumantes;

2. Crianças são particularmente vulneráveis ao fumo passivo. Elas têm órgãos ainda em desenvolvimento, respiram mais rapidamente que os adultos e tem pouco controle sobre o seu ambiente. Expostas ao fumo passivo, elas têm mais chance de se tornarem asmáticas e desenvolver pneumonia, infecções virais e otites;

3. Nas mulheres com idade avançada existe mais risco de osteoporose;

4. De uma maneira geral, mulheres fumantes correm mais risco de infertilidade e menopausa precoce;

5. Nos homens, há maior risco de impotência por doença vascular;

6. Nos jovens, baixa condição física.

Propaganda do Google Artigo Baixo