Policiais do DHPP – Departamento de Homicídios e Proteção à
Pessoa estiveram em Vinhedo na quarta-feira da semana passada, dia 21, e
prenderam dois moradores da cidade. Eles são suspeitos de ter assassinado o
comerciante Luiz Cardellini Neto, de 43 anos, que está desaparecido desde o dia
30 de abril. Luiz, que era solteiro, morava em São Paulo e, segundo
informações, nesta data disse que viria até a casa da irmã, no Condomínio
Marambaia, mas desde então nunca mais foi visto. Ele iria pernoitar na cidade.
Para o delegado do DHPP, Rodolfo Kiareli, não há dúvidas.
Luiz foi assassinado em
Vinhedo. Em entrevista à reportagem do Jornal de Vinhedo, ele
explicou quais as evidências que levam a esse desfecho. De acordo com ele, logo
após investigações, a equipe descobriu que cartões de débito e de crédito da vítima
foram utilizados em despesas de aproximadamente R$ 3 mil. Estes cartões foram
encontrados com o corretor de seguros P.R.M., morador do Marambaia, que
trabalhava em São Paulo.
Ainda de acordo com o delegado, que esteve no Marambaia,
P.R.M. admitiu que utilizou os cartões, que teriam lhe teriam sido entregues
por S.C., vendedor de carros em um estacionamento de Vinhedo. A equipe do DHPP
foi então até a casa de S.C., no Bairro Altos do Morumbi. No local foram
encontradas munições de uso restrito, o que levou o rapaz a ser autuado em flagrante. S.C.,
por sua vez, nega qualquer envolvimento no crime, mas P.R.M. o acusa de ter
matado Luiz com um tiro e jogado o corpo em um rio em Vinhedo. Ele teria
inclusive cortado a barriga da vítima para que ela não ficasse boiando.
Ambos foram levados para São Paulo e estão presos
temporariamente. P.R.M. aguarda o decorrer nas investigações no 77º DP e afirma
que não sabe do paradeiro de Luiz. Já S.C., que ainda foi autuado em flagrante
por causa das munições, acabou sendo encaminhado ao Centro de Detenção
Provisória Independência. Antes de ser preso, ele indicou aos policiais uma
outra pessoa, também residente em Vinhedo, que pode estar envolvida no crime.
Policiais foram até a casa deste rapaz, identificado como J.C.A., e encontraram
objetos pessoais da vítima, mas o suspeito está foragido. Para o delegado, além
dos dois homens presos e do foragido, há outros suspeitos.
“O desafio agora é encontrar o cadáver. Nós acreditamos que
ele está morto e foi jogado em algum rio ou lagoa. A sua mãe está acamada por
causa desse acontecimento”, disse o delegado. Sua equipe já esteve em Vinhedo
pelos menos dez vezes nos últimos 30 dias investigando o caso. Buscas ao corpo
estão sendo feitas também nos IMLs da região. De acordo com o delegado. S.C.,
que está preso, e J.C.A, foragido, já têm passagens pela polícia.
Mistério
O delegado Rodolfo Kiareli explicou que, no dia 30 de abril,
Luiz teria se deslocado para Vinhedo em um Corsa prata, veículo este que foi encontrado
com S.C. O rapaz declarou que o carro é de sua propriedade, fato comprovado
pelo documento de licenciamento. O veículo, que S.C. afirma ter comprado de
Luiz, foi apreendido e está sendo submetido a exames. Laudos devem sair na
semana que vem. Os investigadores estão utilizando luminol, substância química
que identifica a presença de sangue, que inclusive foi utilizado no Caso
Isabella.
Caso sejam encontrados vestígios de sangue, a Polícia vai
requisitar exames de DNA. Paralelo a isso, continuam as buscas pelo corpo em Vinhedo. Quem tiver
alguma informação pode entrar em contato com o DHPP através do telefone (11)
3326-2121 ou do e-mail [email protected].
De acordo com o delegado, não é preciso se identificar.
