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A falta de cuidado da
população com o descarte de vidros, como garrafas e copos quebrados provoca
ferimentos nos coletores de lixo. Apenas em Campinas durante os últimos meses
do ano, o numero de acidentes registrados chega a ser de um a cada três dias.
Nas festas de confraternizações realizadas em dezembro, a tendência é de maior
número de acidentes.
Além dos cortes nos
braços e, principalmente nas pernas, mesmo que protegidas por equipamentos de
proteção individual, os coletores de lixo ficam sujeitos a uma série de doenças
em conseqüência desses ferimentos, como hepatite, tétano etc.
Responsável pela
limpeza urbana e coleta de lixo em Campinas, o Consórcio Tecam – Tecnologia
Ambiental informa que a média na cidade é a ocorrência de um acidente a cada 10
dias. Apenas de janeiro a dezembro desse ano a empresa já contabilizou 55
ferimentos envolvendo os coletores de lixo, dos quais 27 perfurantes
(geralmente provocados por agulhas usadas por diabéticos para a injeção de
insulinas) e 28 cortantes (vidros e louças: garrafas, copos, taças xícaras,
pratos etc).
“Infelizmente as
pessoas misturam garrafas, pedaços de copos, xícaras quebradas e outros
estilhaços de vidros e objetos perfurantes, como agulhas e facas quebradas
junto com o lixo orgânico, provocando os acidentes ou aumento dos riscos das
ocorrências”, lamenta Clovis Antonio Franco de Almeida, gerente do
Consórcio Tecam.
Além do ferimento nos
trabalhadores, a ocorrência desses acidentes provoca a suspensão imediata do
serviço de coleta para o socorro da vítima, encaminhada para os hospitais para
ser medicada e receber o reforço de vacinas contra tétano, hepatite e outras
doenças.
“Quando desses
acidentes, também procuramos identificar o morador para orientá-lo sobre o
procedimento correto de descarte do lixo doméstico. No entanto, no caso dos
condomínios, a identificação é praticamente impossível”, acrescenta o
gerente operacional do Consórcio Tecam, Hélcio Bonet.
Orientação
A maneira correta e
recomendável de descartar vidros e louças é envolvê-los em muito papel, como
jornais e revistas, e, se possível, reforçar o embrulho com papelão ou
colocá-lo dentro de caixas, evitando o contato dos coletores com os materiais
cortantes.
Quanto às agulhas, a
orientação, principalmente para os diabéticos que usam diariamente a injeção de
insulina, por exemplo, é para que procurem o Departamento de Limpeza Urbana
(DLU) da Prefeitura e Campinas para se cadastrarem junto ao serviço de coleta
ambulatorial por meio do telefone (19) 3273.8202. Por meio desse cadastro no
DLU, o Consórcio Tecam efetuará a coleta especial desses materiais perfurantes.
Caso real
O coletor de lixo Luis Valdo Sousa já se feriu duas vezes, uma com vidro e
outra com agulha nos últimos seis meses. Pedaços de vidros que estavam dentro
do saco de lixo cortaram sua perna abaixo do joelho deixando-lhe com cinco
pontos e sete dias afastado do trabalho.
No outro, uma agulha
perfurou a luva e atingiu o osso de um dos dedos da mão. Ficou afastado por
três dias do trabalho depois de ser medicado no hospital com vacinas de
prevenção contra doenças.
Casado, pai de três
filhos, Luis Valdo gosta do que faz, mas lamenta os casos de ferimentos que
ocorrem frequentemente no trabalho por falta de uma conscientização da
população. Há dois anos e três meses no Consórcio Tecam, Luis Valdo já tentou
explicar várias vezes a moradores a gravidade dos acidentes, mas sem sucesso.
“Quando me feri
com a agulha procurei a dona da casa para tentar explicar sobre o perigo, mas
ela disse que não havia colocado o objeto no lixo de forma inadequada. Em
geral, moradores negam que tenham descartado vidros e que não são deles as
agulhas que nos ferem”, diz Luis Valdo, de 32 anos e morador do Campo
Belo.