Hoje, na sociedade moderna em que muitos se alimentam mal e fazem poucos exercícios, não é tarefa difícil encontrar uma pessoa com a circunferência da cintura modificada pelo acúmulo de gorduras na região. No entanto, é um fator preocupante, pois, além de agredir a estética e indicar obesidade, também chama a atenção por aumentar o risco de infarto e derrame e ser causa determinante de doenças como diabetes e hipertensão.
As células de gordura visceral, assim chamadas por se encontrarem próximas dos principais órgãos do corpo (fígado, intestino, rins e pâncreas), são ativas e fabricam substâncias que podem desencadear disfunções no organismo (Síndrome Metabólica). O fígado, que está bem próximo aos males, pode sentir as alterações e começar a produzir glicose em excesso. Neste cenário, o pâncreas, incansavelmente, fabrica a insulina para colocar toda a glicose para dentro das células. Entretanto, a gordura armazenada na região abdominal também libera ácidos graxos saturados que impedem a ação correta da insulina – resistência insulínica. Sendo assim, sobra açúcar na corrente sanguínea (hiperglicemia) e resulta em diabetes tipo II.
A nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional, ressalta que os efeitos da gordura abdominal podem ir muito além da diabete por colocar o organismo em um circulo vicioso. “O aumento de glicose no sangue faz com que a produção de insulina também cresça para levar o açúcar ao interior das células. O corpo repete essa tarefa diversas vezes para suprir a necessidade e, consequentemente, contrai os vasos sanguíneos muitas vezes para que circule as substâncias. Entretanto, as contrações freqüentes podem elevar a pressão, implicando em hipertensão arterial”, observa a especialista.
O colesterol ruim (LDL), substância inflamatória, também é um dos males gerado pela gordura abdominal. “Prejudicial, o LDL pode se alojar nos vasos sanguíneos e, inevitavelmente, ocorrer o fechamento da passagem de sangue pelas placas de gordura. Com isso, a probabilidade de resultar em doenças cardiovasculares e, até mesmo, em infartos e derrames pode aumentar”, completa a nutricionista Roseli.
Unânimes, os nutricionistas colocam a prevenção como medida necessária para evitar os riscos de doenças e promover a saúde. As mudanças na alimentação, no estilo de vida e a pratica de atividades físicas são fatores que, bem orientados, contribuem para atenuar os riscos. Pensando nisso, a nutricionista Roseli Rossi orienta que existe a necessidade do consumo diário de frutas, vegetais e legumes, cereais integrais e gorduras boas – ômega 3 – como sementes oleaginosas, óleos vegetais, peixes de água fria, soja e derivados. “Desta maneira, o organismo irá receber nutrientes para seu pleno funcionamento, muitas fibras, substâncias antioxidantes e antiinflamatórias que ajudam a prevenir a gordura visceral e suas perigosas consequências”, conclui a especialista.
Crédito: Nutricionista Roseli Rossi – Especialista em Nutrição Clínica
Site: www.equilibrionutricional.com.br