Inverno chega junto com as doenças respiratórias

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Com a chegada das estações frias, já é possível perceber o aparecimento mais constante de gripes, resfriados, rinites, alergias e sinusites. Nessa época, é comum resgatarmos agasalhos, luvas, toucas e cobertores adormecidos há meses no guarda-roupa. Mas junto com esses “adereços”, vêm esses problemas respiratórios característicos do outono-inverno. Porém, certos hábitos e prevenções podem precaver o surgimento desses inimigos do aconchego da estação.


Durante o inverno, o sistema respiratório fica mais vulnerável e a defesa do corpo não funciona como deveria devido às baixas temperaturas. A ABORL-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial) alerta que o índice de doenças respiratórias aumenta em 40% no inverno, assim como o número de atendimento nos centros de saúde.


O presidente da ABORL-CCF, Ricardo Bento, alerta sobre os tipos de problemas respiratórios que podem surgir no inverno. “O clima seco e a aglomeração de pessoas em ambientes fechados nessa época, por exemplo, podem ocasionar obstrução nasal, rinorréia (nariz escorrendo), rinossinusites, faringotonsilites e otites, além de facilitar o contágio do vírus da gripe e resfriado”, diz Bento.


Os cuidados necessários são evitar a aglomeração de pessoas, umedecer o ambiente com bacia de água ou utilizar umidificadores. Mas ao contrário do que muitos imaginam, as gripes e resfriados não são os únicos responsáveis pelo aumento das doenças respiratórias. Rinite, sinusite e alergias também são agravantes desta época.


Especialistas da ABORL-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial) advertem que de cada sete pessoas no mundo, uma sofre com problemas respiratórios.


Resfriados, Gripes e Alergias – diferenças e explicações


Além da semelhança entre as doenças virais e as respiratórias, existe a diferença entre o resfriado e a gripe, que se dá justamente no que diz respeito à inflamação. Ambas têm características iguais como tosse, espirro e coriza, entretanto, a gripe possui sintomas mais fortes e mais duradouros.


O resfriado pode ser causado por mais de 200 tipos de vírus. O Rinovírus é o mais comum e é de caráter mais inflamatório em relação aos outros, podendo causar dor de garganta e coriza. O resfriado raramente provoca febre e dores musculares.


A gripe é causada pelo vírus Influenza e tem sintomas mais fortes do que o resfriado. O vírus penetra no organismo principalmente pelas mucosas e produz manifestações intensas como febre alta, dores no corpo, indisposição e obstrução nasal. Em ambos os casos, o ciclo da doença não ultrapassa dez dias.


Já a rinite alérgica é caracterizada por uma inflamação no revestimento interno do nariz, com sintomas que se iniciam minutos após o contato com o alérgeno (substância que provoca a alergia). Na maior parte das vezes, o alérgeno é manifestado em forma de poeira doméstica ou ácaros.


O que dificulta o diagnóstico da doença é que nem sempre as pessoas identificam a causa de suas queixas. Geralmente ignorados, os sintomas da rinite se prolongam e o processo se complica. Ricardo Bento ressalta que a doença tem semelhança com o estado gripal, por isso é necessário atenção aos sintomas. “Na rinite, os pacientes costumam queixar-se de obstrução nasal, prurido nasal (coceira), rinorréia clara e espirros freqüentes. As reações alérgicas mais intensas, como alergias a alguns medicamentos ou comidas, podem levar a inchaço dos olhos e da face e falta de ar”, explica o otorrinolaringologista.


A frequente congestão nasal obriga a pessoa a respirar pela boca, o que provoca desconforto na garganta, voz anasalada, aumento de cáries, sono agitado e ronco. A rinite alérgica também pode propiciar o aparecimento de outros quadros infecciosos como amidalite, faringite, otite e sinusite.


Dicas


Com o objetivo de alertar a população e aumentar a prevenção contra os problemas respiratórios, a ABORL-CCF oferece algumas dicas para arrumar a casa e se precaver dos problemas respiratórios na nova estação.



  • Lave todos os tapetes e blusas (principalmente as de lã) antes de utilizar;

  • Troque cobertores por edredons;

  • Prefira cortinas sintéticas ou de material que possa ser limpo com pano úmido;

  • Coloque as pelúcias infantis em sacos plásticos;

  • Utilize purificadores de ar. Eles contribuem para um ambiente mais saudável.

Seguindo esses conselhos, os incômodos no nariz e na garganta vão passar longe da sua casa e da sua saúde, para um inverno de aconchegos, sem espirros, tosses, coriza…


Por Guilherme Diniz e Renata Cintra

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