Os quatro plantões policiais, que funcionam 24 horas em Campinas, e a Delegacia
de Investigações Sobre Entorpecente (Dise) receberam lotes de ‘Kit-Drogas’
(reagentes químicos que certificam a autenticidade de entorpecentes
apreendidos) encaminhados pelo Estado.
Para ter certeza da autenticidade do entorpecente, os policiais são obrigados a
testar a droga, em algumas ocasiões, provando o produto, como é o caso da
cocaína. Nesta situação, uma pequena porção é colocada na ponta da língua. Se
houver dormência, pode ser indicado como a droga. No entanto, a verificação
pode ser errônea, uma vez que os traficantes misturam xilocaína, que tem o
mesmo efeito. A partir de agora, os policiais terão que pingar uma gota de cada
reagente em uma porção do entorpecente. Se o resultado final for da cor violeta
é considerado positivo para droga.
Os kits foram entregues pelo delegado seccional Paulo Tucci e por Nelson
Patrocínio, diretor do IC, durante uma reunião realizada com os delegados
titulares de cada distrito que funciona 24 horas (1º, 4º, 5º, 9º e Dise).
Tucci também levará a proposta para o delegado Kleber Altale, diretor de
Polícia Judiciária do Interior 2 (Deinter-2), responsável pelo comando da
Polícia Civil em Campinas e outras 53 cidades da região, incluindo Vinhedo.
Durante a
reunião, a Polícia Civil chegou a cobrar maior empenho do IC. A alternativa
apresentada é passar a treinar os demais peritos que não são toxicologistas
para auxiliar nos trabalhos dos delegados durante os flagrantes, principalmente
aqueles que ocorrem na madrugada. O diretor do IC disse que está estudando a
melhor forma de resolver o problema.
A proposta feita pela Polícia Civil será submetida à apreciação da
Superintendência da Polícia Técnico Científica, à qual o órgão está
subordinado. A logística para colocar a sugestão em prática — se o perito vai
até as delegacias ou se os policiais vão até IC para pegar a droga — será
decidida futuramente.
