Sono ruim prejudica memória de idosos

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A má qualidade do sono em idosos prejudica o armazenamento de memórias, foi o que concluiu um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. O sono tem, entre outras finalidades, a capacidade de proporcionar um funcionamento eficaz para o cérebro.

De acordo com o neurologista dr. Ronaldo Maciel Dias, o cérebro é um órgão que funciona exatamente como um computador. “Ele consome bastante energia e necessita ser desligado e reiniciado para sedimentar informações e conhecimentos adquiridos”, explica.

 “O estudo foi realizado com a finalidade de estabelecer uma relação entre distúrbios do sono, alterações estruturais do cérebro e maior declínio da memória remota no idoso”, relata o neurologista. As ondas cerebrais lentas geradas durante o sono profundo exercem a função de transportar memória do hipocampo, região onde são armazenadas as memórias de curto prazo, para o córtex pré-frontal, responsável por armazenar memórias de longo prazo.

Segundo os pesquisadores, há a suspeita de que anormalidades da estrutura do sono exerçam papel central em doenças neurodegenerativas. “Está definitivamente comprovado que os indivíduos que têm uma boa qualidade do sono apresentam melhor desempenho das funções cerebrais”, comenta o especialista.

Com o passar dos anos, a memória fica debilitada por diversos motivos, que vão além do processo natural do envelhecimento. Entre os fatores que podem contribuir para a perda de memóriia estão a baixa instrução, a pouca atividade intelectual, o sono precário, doenças cardiovasculares, sedentarismo e alimentação desequilibrada.

A média ideal de sono em um adulto é de 6 a 8 horas, porém, crianças e adolescentes necessitam de um período maior. Já os idosos, precisam de menos horas para atingir um sono reparador, que é o sono profundo responsável pelo armazenamento das memórias no córtex pré-frontal.

A recomendação é de que a dificuldade para dormir, conhecida como insônia, deve ser comunicada a um neurologista. “Após a avaliação de um especialista, exames complementares podem ser realizados para a identificação das possíveis causas da insônia” afirma Dias. A polissonografia, exames laboratoriais e exames de neuroimagem são utilizados para este fim. “A mensagem que o estudo passa é que uma higiene do sono correta é mais uma maneira de prevenir declínio das funções cognitivas”, conclui.

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