A acne é uma doença de predisposição genética, sendo que a manifestação depende da presença dos hormônios sexuais. Por isso que o surgimento culmina com o inicio da puberdade. O problema atinge a maioria dos jovens, podendo persistir na idade adulta ou surgir nesta fase, quadro mais freqüente em mulheres.
Vera Lucia de Toledo Mendes, médica pós-graduada em medicina estética, há outros fatores que causam a moléstia além da influencia hormonal. “Alimentação inadequada e alguns medicamentos também contribuem para a acne, que nada mais é do que uma doença inflamatória que acomete principalmente os folículos pilo – sebáceos”, explica.
Vera explica que as manifestações da doença (cravos e espinhas) ocorrem devido ao aumento da secreção sebácea associada ao estreitamento e obstrução da abertura do folículo pilosebáceo, dando origem aos comedões abertos (cravos pretos) e fechados (cravos brancos). “Estas condições favorecem a proliferação de microorganismos que provocam a inflamação característica das espinhas, sendo o Propionibacterium acnes o agente infeccioso mais comumente envolvido”, declara.
A médica relata que o mal se manifesta principalmente na face e no tronco, áreas do corpo ricas em glândulas sebáceas. “Os sintomas variam de pessoa para pessoa, sendo, na maioria das vezes, de pequena e média intensidade. Em alguns casos, o quadro pode tornar-se muito intenso, como a acne conglobata (lesões císticas grandes, inflamatórias, que se intercomunicam por sob a pele) e a acne queloideano (deixa cicatrizes queloideanas após o desaparecimento da inflamação)”, afirma.
Sendo doença de duração prolongada e algumas vezes desfigurante, a acne deve ser tratada desde o começo, de modo a evitar as suas sequelas, que podem ser cicatrizes na pele ou distúrbios emocionais, devido à importante alteração na auto-estima de jovens acometidos pela acne. “O tratamento pode ser feito com medicações de uso local, visando à desobstrução dos folículos e o controle da proliferação bacteriana e da oleosidade. Podem ser usados também medicamentos via oral, dependendo da intensidade do quadro, geralmente antibióticos para controlar a infecção ou, no caso de pacientes do sexo feminino, terapia hormonal com medicações anti-androgênicas”, afirma a profissional.
O tratamento da acne deve ser orientado por um médico dermatologista, que é o profissional capacitado para indicar os medicamentos ideais para cada caso. “Não é recomendado o uso de remédios indicados por pessoas leigas ou que tenham um quadro semelhante ao seu. Eles podem não ser apropriados ao tipo de pele. A duração do tratamento é longa, portanto, é preciso ter paciência. Esclareça suas dúvidas com o dermatologista que o acompanha, ele sempre poderá ajudá-lo”, alerta Vera.
A especialista adverte que não existe prevenção para a doença, mas que podem ser tomados alguns cuidados. “Hoje em dia dispomos de vários recursos que vão desde a limpeza de pele para extração de cravos até o uso de equipamentos à laser, luz intensa pulsada e terapia fotodinâmica. Esses procedimentos podem estar associados ou não a tratamentos sistêmicos”, conclui
Sobre Vera Lucia de Toledo Mendes
Formada pela Universidade do Estado do Pará há 15 anos, com título de Ginecologista e Obstetra – Tego – concedido pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia – Febrasco – pós-graduada em Medicina Estética, pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino – Ibrape. A médica oferece em seu consultório os mais modernos tratamentos estéticos faciais e corporais, todos eles voltados para proporcionar saúde e bem-estar da mulher. A clínica está localizada na Av. Pedro Lessa, 1064 cj. 32, Santos-SP. Mais informações: (13)3227.5133.
